A Trigoxina ganhou as telas da Netflix no filme de suspense “Fuja”, como um medicamento para tratar doenças cardíacas. Embora ela não exista de verdade, foi inspirada em um fármaco bem real: a digoxina, e muita gente tem pedido pra gente falar sobre esse medicamento aqui.
A digoxina serve para tratar a insuficiência cardíaca congestiva quando a disfunção sistólica é o problema dominante.
Continuando a falar sobre a Digoxina, ela é ainda mais eficaz para os pacientes com dilatação ventricular e também é indicada especificamente quando a insuficiência cardíaca é acompanhada de fibrilação atrial.
A digoxina foi aprovada para tratamento da insuficiência cardíaca em 1998 e também trata alguns tipos de arritmias supraventriculares, em especial a fibrilação ou flutter atrial crônicos. Ela aumenta a força da contração muscular e a eficiência do coração, atuando no controle dos batimentos cardíacos através da inibição da bomba de sódio e potássio.
Pode matar?
Uma dúvida importante sobre a digoxina é se ela pode matar. Na verdade, esse é um risco possível devido a sua toxicidade, que está associada às doses maiores que 2 ng/ml ou até mesmo menores.
Por isso as doses prescritas pelo médico devem ser seguidas à risca, pois cada paciente tem sua dose ajustada individualmente, de acordo com a sua idade, peso corporal e função renal.
A superdose com 10 mg a 15 mg de Digoxina em adultos sem doenças cardíacas pode resultar em morte para metade dos pacientes. A intoxicação pode resultar em qualquer tipo de arritmia e os sintomas podem ser progressivos, incluindo anorexia, enjoo e vômitos, vertigens, fadiga ou mal-estar e predominância das cores verde e amarelo na visão.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento incluem transtornos do Sistema Nervoso Central, vertigem, visão turva ou amarelada, arritmia, batimentos cardíacos mais lentos, enjoo, vômito, diarreia e erupções na pele.
Contraindicações
Quanto às contraindicações, o médico só vai prescrever a digoxina nos casos específicos que se encaixam nas suas indicações, pois ela não trata todos os tipos de insuficiência, arritmias e problemas cardíacos, como as arritmias causadas por intoxicação por glicosídeos cardíacos, a cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica e a taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular.
Os pacientes alérgicos a qualquer substância da fórmula da digoxina também não devem utilizá-la.
Não existem contraindicações relativas à idade e, para as mulheres grávidas, o uso só deve ser feito quando os benefícios esperados para a mãe superarem qualquer risco para o bebê.
Preço e nomes comerciais
A caixa com 20 comprimidos de 0,25 mg custa entre R$4,00 e R$10,00. O elixir com 60 ml custa entre R$13,00 e R$25,00. A Digoxina pode ser encontrada na forma de genérico ou com outros nomes comerciais de medicamentos similares, como Cardcor, Neo Digoxin, Digobal e Digox.
Atualizado em: 07/11/2022 na categoria: Remédios para insuficiência cardíaca
