Os medicamentos para tireoide incluem a levotiroxina e liotironina, o iodeto de potássio e o iodo radioativo, além do metimazol e outros da mesma classe.
Então, um dos distúrbios hormonais mais comuns é a alteração na tireoide, que pode passar a produzir hormônios de maneira desregulada, mais ou menos do que deveria, gerando vários sintomas em outras partes do corpo.
Além do hipertireoidismo e do hipotireoidismo, outras condições que podem afetar a glândula são a Doença de Graves, a Tireoidite de Hashimoto e o Cretinismo, além da tireotoxicose, e eu vou falar das características de cada uma e dos medicamentos utilizados nos tratamentos para você entender como eles funcionam.
Levotiroxina e Liotironina
E eu começo pela levotiroxina e da liotironina, que são utilizados no tratamento de reposição hormonal nos casos de hipotireoidismo. Quando o hipotireoidismo não é causado pela deficiência de iodo, a reposição hormonal é o único tratamento efetivo.
A levotiroxina corresponde à reposição da tiroxina, e a liotironina equivale à triiodotironina, que são os hormônios da tireoide, e eles vão atuar no organismo da mesma forma que esses hormônios.
Iodo (Lugol)
O iodo é um mineral essencial para que a tireoide consiga produzir e liberar os hormônios T4 e T3, que são a tiroxina e a triiodotironina, por isso, a suplementação com o iodo na forma de iodeto de potássio, que pode ser encontrado pelo nome de Lugol, pode tratar o hipotireoidismo quando a sua causa é a deficiência desse mineral no organismo.
Mas o iodo também é indicado para:
- Combater os sintomas da tireotoxicose, que é uma síndrome causada pelos altos níveis de hormônios da tireoide circulantes no organismo;
- Para o tratamento do hipertireoidismo;
- Prevenção do bócio;
- Proteção da tireoide durante exames que utilizam iodo radioativo;
- E para o tratamento emergencial em casos de exposição radioativa ao iodo.
Isso porque, em altas doses e por um curto período de tempo, o iodeto de potássio age inibindo temporariamente a liberação de hormônios tireoidianos.
Mas é muito importante utilizar o iodo apenas com indicação médica para qualquer uma das indicações, porque o uso indiscriminado pode causar efeitos nocivos à tireoide e intoxicação.
Metimazol, Carbimazol e Propiltiouracil
Passamos para o metimazol, que é um medicamento que pertence à classe dos tioureilenos e é indicado para o tratamento da tireotoxicose.
Ele age reduzindo gradualmente os sinais e sintomas dessa síndrome, normalizando o metabolismo e a frequência cardíaca a partir de 3 ou 4 semanas de tratamento.
Existem evidências de que o metimazol atua inibindo a ação da tirosina, que é o precursor da tiroxina, porque ele compete com essa substância no organismo para se ligar ao mesmo complexo que ela se ligaria para desempenhar a sua função.
O carbimazol e o propiltiouracil são outros dois medicamentos da mesma classe que agem da mesma maneira.
Iodo Radioativo
E um dos medicamentos mais antigos utilizado para tratar o hipertireoidismo é o iodo radioativo, que também serve para tratar o câncer de tireoide. O nome pode assustar um pouco, mas essa radiação que ele libera não causa danos ao tecido nem ações tóxicas às células.
Esse tratamento é utilizado geralmente em pacientes mais idosos, sendo indicado, também, para pessoas com Doença de Graves, quando outros medicamentos não conseguiram tratar a doença.
O iodo-131, que é o iodo radioativo, age emitindo radiações beta, que são de curto alcance, e radiações gama. O iodo tem afinidade pela tireoide, ou seja, ele é capturado pela tireoide e consegue encontrar células cancerígenas, fazendo com que a radiação aja diretamente nas células tumorais, causando sua destruição.
O tratamento é feito por via oral, com o iodo na forma de cápsula ou líquido, e um dos efeitos colaterais do tratamento a longo prazo é o desenvolvimento do hipotireoidismo, mas que pode ser revertido com a reposição hormonal adequada.
Atualizado em: 19/08/2022 na categoria: Lista de remédios